Professores e servidores
devem receber um espaço, na próxima terça (29), para expor a situação das
escolas da região de Londrina em plenário. O Legislativo também deve enviar ao
governo estadual uma moção de apoio à greve
Willian
Casagrande
Depois
de ocupar as ruas, foi a vez dos professores e funcionários das escolas
estaduais ocuparem o plenário da Câmara de Londrina, na tarde desta quinta (24).
Representantes da APP-Sindicato foram pedir apoio dos parlamentares para
pressionar o governo do estado a acatar as reivindicações do movimento.
Ainda
antes da sessão, em conversa com o presidente da Casa, Rony Alves (PTB), ficou
acordado que, na próxima terça (29), os educadores e servidores poderiam
receber um espaço para expor, em plenário, a situação das escolas na região de
Londrina. A medida iria à votação dos vereadores após o expediente da Casa. Os
vereadores também se comprometeram em enviar, ao governo estadual, uma moção de
apoio à greve.
Logo
no início, a sessão foi suspensa, por 30 minutos, para que o presidente do
sindicato, Antonio Marcos Gonçalves, pudesse expor a situação que levou os
educadores às ruas, da falta de ar-condicionado nas salas de aula – os
equipamentos, comprados em 2013, ainda não foram instalados – ao reajuste no
piso salarial, aumento para 33% na hora-atividade, melhorias no Sistema de
Assistência à Saúde (SAS), entre outros motivos.
“O
argumento do governador (Beto Richa), de que recebemos 50% de aumento, é falso.
Nós tivemos reajuste de 50%, mas foi porque as condições anteriores eram muito
piores. O longo período de desmonte da educação é que exigiu esse reajuste”,
afirmou Gonçalves. O presidente da APP ainda pediu aos vereadores,
“independente de partido”, apoio na causa da educação.
Segundo
o secretário de Imprensa da APP-Sindicato, Nelson Antônio da Silva, lembrou da
“manobra política” do governo por meio da Assembleia Legislativa do Paraná
(Alep). “No ano passado, os deputados estaduais aprovaram o plano de cargos e
também a hora-atividade para a categoria, mas tudo ficou parado no Executivo.
Isso nos desarmou.”
O
vereador Professor Fabinho (PPS), responsável pelo convite aos educadores,
manifestou-se favorável às reivindicações. “Valorizar a educação é pensar em
outra sociedade, sem vários problemas ambientais e sociais que temos hoje”,
concluiu.